O AMOR É SUFICIENTE?
Relacionamentos, para darem certo, precisam de uma
grande dose de amor. Mas, só o amor é importante?
Quantas vezes ouvimos de um cônjuge, em crise
conjugal, proferir: “Pensei que o amor fosse capaz de suportar e superar as
imperfeições”. Ou ainda: “Achei que as virtudes pudessem encobrir os defeitos”.
Quando o assunto é o coração, é difícil usar a
razão. Às vezes, a cabeça avisa: “Isso não vai dar certo!” Mas o coração
responde: “Amar basta”. O amor basta sim, quando o outro é aceito do jeitinho
que é, sem restrições; caso contrário, qual amor humano sobrevive às críticas,
reclamações, rejeição, hostilidade, desdenho, teimosia, incompreensão, mágoas,
opressão, comparações, orgulho?
Para que duas pessoas tão diferentes em gênero,
número e grau vivam felizes no dia-a-dia da vida precisam aceitar um ao outro
incondicionalmente, decidindo amá-lo apesar de. Afinal, ninguém é perfeito.
Deus criou homem e mulher diferentes um do outro
para se completarem, não para viverem se digladiando por causa dessa diferença.
Em suma, podemos dizer que o amor por si só não
basta, quando esse amor é exigente, egoísta; quando não respeita a
individualidade do outro; quando ultrapassa a vontade e o desejo do outro.
Para refletir, um pensamento de Victor Hugo:
“A maior felicidade da vida é a convicção de sermos
amados, amados por nós mesmos, ou, melhor ainda, apesar de nós mesmos.”